A empreendedora e confeiteira é inspiração para mulheres que buscam ser protagonistas de suas histórias e seguir os próprios sonhos enquanto conquistam a independência
Empreender não é uma tarefa fácil, principalmente para as mulheres, entretanto, esse cenário vem mudando ao longo dos anos.
O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, 19 de novembro, foi uma das iniciativas de mudanças criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com instituições de todo o mundo, visando encorajar as mulheres a serem líderes dos seus próprios negócios.
O resultado é visto nos dias atuais por meio de pesquisas e no cotidiano. Segundo dados da Global Entrepreneurship Monitor, por exemplo, as mulheres empreendedoras no Brasil já somam mais de 30 milhões, o que representa cerca de 48,7% do mercado empreendedor.
Esses números mostram a importância da força e do papel feminino dentro da economia e do empreendedorismo, ao qual a mulher deixou de ser coadjuvante para se tornar personagem principal.
Foi assim que Chef Léo Oliveira, uma das tantas mulheres que integram parte da porcentagem exposta pela pesquisa, se tornou protagonista de sua história, sendo, atualmente, confeiteira renomada no país e empreendedora de sucesso. "Tudo começou há mais de 30 anos atrás quando eu estava com filho pequeno e marido desempregado.
Essa foi a hora de tomar uma decisão radical e as rédeas da situação. O meu marido ficava em casa e eu, como mulher com a cabeça cheia de ideias e vontades de vencer, saía para conquistar seu espaço", conta Léo que construiu não somente sua carreira dentro da gastronomia, mas também uma empresa que hoje, conta com quatorze funcionários.
Mesmo com todos os avanços da sociedade, ainda existem vestígios do pensamento de que o lugar da mulher é dentro de casa e não à frente de empresas.
Os questionamentos da sociedade perante a mulher que decide abrir o próprio negócio não se limitam ao caminho em que ela escolhe seguir, mas principalmente, ao ato de empreender em si.
"O mundo do empreendedorismo nunca foi fácil para ninguém, muito menos para as mulheres. Empreender sempre foi visto como função masculina, dificultando o surgimento do feminino nesse cenário. Mesmo que de forma inconsciente, muitos homens ainda não confiam nas decisões e na capacidade das mulheres no mercado de trabalho", pontua a Chef.
Além do sonho, muitas das mulheres não abrem um negócio por vontade ou por oportunidade, mas sim, pela necessidade de mudar os cenários de suas vidas.
Para Léo, não foi diferente, em meio às dificuldades ela precisou fazer de tudo um pouco e, se recusando a desanimar, apostou suas fichas em tudo aquilo que acreditava dar certo.
Foi por meio de cursos profissionalizantes na área da confeitaria e gastronomia que ela conseguiu dar um salto gigantesco e mudar o panorama financeiro da sua família. Assim como outras mulheres que a inspiraram um dia, a profissional faz o mesmo pelas iniciantes na área.
"Acredite em você, junte seu conhecimento com estudos e vai em busca de estruturar o seu sonho e empreendimento. Nenhuma área de negócio é exclusiva para mulheres ou homens, você pode investir onde quiser e se tornar a melhor", finaliza.