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Marmitas podem ser um viés de negócio rentável e que vai de encontro ao modelo de consumo do brasileiro

Adalberto Santos e Sérgio Molinari no 36º Congresso Abrasel

No segundo dia de Congresso Abrasel, o painel “Marmitas: ameaças e oportunidades de um novo mercado” trouxe para o público uma discussão de grande importância para o setor de alimentação fora do lar na atualidade.

Apresentado por Sérgio Molinari e Adalberto Santos, o panorama do segmento de marmitas envolve diversos aspectos que, se bem compreendidos pelos empreendedores de bares e restaurantes, podem levá-lo de risco a um pilar de lucratividade.

Sócio e consultor na Food Consulting, Molinari apresentou dados que mostram os três principais fatores que levam o brasileiro a consumir marmitas:

1. Trazem mais praticidade para a rotina
2. São uma opção mais saudável
3. Atende melhor ao orçamento destinado à alimentação

As marmitas, que são consumidas predominantemente no horário de almoço, também estão presentes na hora do jantar. Elas representam um consumo individual em um cenário no qual a disponibilidade de alguém para cozinhar diariamente para a família se torna cada vez menor.

Além de se encaixarem melhor no bolso do brasileiro, outro aspecto do consumo de marmitas que deve abrir os olhos dos empreendedores do setor é que ele age como um substituto para outras refeições.

Para selecionar um restaurante do qual comprar a marmita, segundo a mesma pesquisa apresentada por Molinari, o público dá valor à reputação do negócio. Por esse motivo, as avaliações online se tornam uma ferramenta poderosa para alavancar o setor.

O cliente, no entanto, não deixa de consumir em um estabelecimento por uma má avaliação: ele segue verificando para entender se a crítica é pontual ou se ela se repete em outros comentários. Isso reforça a importância das avaliações online e de coletar boas referências pelo público por meio dos comentários no Google.

Para Adalberto, sócio-fundador da Guersola Consultoria, empresa que atua com as dark kitchens do Divino Fogão, as marmitas são uma grande oportunidade de negócio.

Segundo ele, no entanto, é preciso que empreendedores do setor tratem de sanar algumas dores que trazem impactos negativos, a principal delas sendo a falta de conhecimento. Para Adalberto, o CMV (custo de mercadoria vendida) ainda é uma das principais dificuldades.

Considerando o alto CMV gerado no ramo da marmitaria, descuidos nesse sentido podem trazer prejuízos significativos.

A cara do Brasil

“Assim como o self-service não acabou na pandemia por fazer sentido, a marmita também faz muito sentido no contexto brasileiro”, declarou Molinari na apresentação. Ele ressaltou a importância do delivery neste processo, que pode ser um grande aliado de vendas.

Trazendo novamente os três principais motivadores do consumo de marmitas, Adalberto pontuou a relação entre cada um dos elementos e o poder aquisitivo do consumidor. Atualmente, 75% das marmitas são compradas por um preço de até 25 reais.

Viabilizar esse negócio, portanto, passa por ações estratégicas, incluindo:

• Um cardápio com comida prática, brasileira, e que “todo mundo come todo dia”;
• Uma ficha técnica atualizada;
• Ações de marketing, como entregas gratuitas e cupons de desconto, também são importantes

Explorar as marmitas como alternativa de negócio, ainda que não haja um alinhamento direto com a sua marca, também é possível. Por meio de um movimento virtual, ligado ao deliverye da exploração de uma identidade de marca diferente da que já opera atualmente.

Serviço:
36º Congresso Nacional Abrasel | Mesa ao Vivo Brasília
14 e 15 de agosto
Realização: Abrasel e Mundo Mesa
Patrocínio: Alelo, Ambev, BAT, Caixa, Coca-Cola Brasil, Diageo, Friboi, Heineken, iFood, Philipe Morris Brasil, PicPay, Pluxee, Santander, Seara, Stone, Tectoy e Ticket.
Apoio: IESB, Unecs e Reutiliza-Já.
Parceria de mídia: Bares & Restaurantes e Correio Braziliense
Mais informações em: congressoabrasel.com.br

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