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Startups que conectam restaurantes e fornecedores ajudam empresários do setor de AFL a terem uma gestão mais eficiente e simplificada em seus negócios

Leonardo Almeida, um dos fundadores da Menu

No Brasil, um bar ou restaurante tem em média cerca de 70 entregas de produtos e relacionamento com até 18 diferentes fornecedores por mês. É o que aponta uma pesquisa feita pela startup Menu, que atua no mercado de compras profissional (B2B) desde 2016. Para facilitar a vida do empresário que atua no setor de alimentação fora do lar (AFL) a ter uma rotina mais eficiente e uma gestão otimizada de seus negócios, várias empresas surgem no mercado com o objetivo de centralizar esse relacionamento entre compradores e simplificar a vida de quem empreende. A Menu é uma delas.

Segundo Leonardo Almeida, um dos fundadores da Menu, a ideia central é abastecer bares e restaurantes, no mesmo estilo das tradicionais fornecedoras, mas por meio de uma plataforma diferencial. “Fazemos a intermediação entre a indústria e pequenos bares e restaurantes, possibilitando a venda direta da indústria para esses comerciantes”, diz.

Ok, até aí nenhuma novidade. O diferencial? Mesmo que os produtos sejam entregues no ponto de venda por diferentes consumidores - como Ambev, Coca-Cola, Unilever, por exemplo - o processo de análise de crédito e gestão de pedidos é centralizado pela empresa. "Ou seja: talvez um empreendedor que esteja começando agora tenha dificuldade em ter crédito com grandes empresas, que ofertam um prazo de pagamento curto. Nós fazemos esse pagamento para a indústria. Toda a relação do empresário de bar ou restaurante é com a gente".

Se antes o empresário precisava ir ao Ceasa ou supermercado às 5h da manhã para pesquisar preços, agora, usando a plataforma da startup, os pedidos saem diretamente do estoque da indústria para o estabelecimento. Sem nem precisar se deslocar até os atacadistas, o comerciante resolve tudo pelo seu celular ou computador e os produtos são entregues em menos de 24h, em uma única entrega, mesmo que sejam de fornecedores diferentes. “E a nossa vitrine é inteligente: ela aprende com as compras e, quando o cliente acessa a plataforma, dá de cara com os produtos ligados ao seu nicho de negócio”, conta Leonardo.

O cliente não paga nada a mais por essa facilidade. O comerciante só precisa se cadastrar no site e fazer a compra — que é faturada diretamente pela indústria. Esta, por sua vez, paga uma comissão para a Menu.

A vantagem para a indústria é que ela ganha uma estrutura complementar de venda e tem acesso a um cliente que até então, por conta do número pequeno de pedidos e do custo da logística, estava fora de seu escopo. “Conseguimos também aumentar o preço médio de venda. Por exemplo: tal produto custa 10 para atacadista, que o revende por 13, mas com o nosso aplicativo, a indústria vende o mesmo produto, lá na ponta, por 13. Ela paga comissão para gente, mas o que antes rendia 10, agora rende 11,50, já descontada a nossa comissão”, diz, e arremata: “Mesmo pagando a nossa taxa, a indústria ganha mais do que antes”.

Nesta relação ganha-ganha, os pequenos estabelecimentos economizam tempo e dinheiro nos seus processos de compra e ganham em comodidade na entrega, e os distribuidores ampliam mercado e passam a trabalhar com uma nova carteira de clientes.

*Reportagem originalmente publicada na edição 131 da revista Bares & Restaurantes

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