Com um número crescente de pessoas buscando reduzir o consumo de proteína animal, oferecer alternativas vegetais torna-se uma necessidade para diferentes preparos.
As proteínas alternativas vêm ganhando destaque de forma crescente na indústria alimentícia, e que impacta diretamente no setor dos Bares e Restaurantes. Tratar desse segmento significa explorar uma crescente tendência do setor e oferecer aos clientes opções mais diversificadas.
Segundo umapesquisa realizada pelo IBGE em parceria com a Sociedade Vegetariana Brasileira, em 2018, a população vegetariana no país era de 14%, índice que vem aumentando de forma considerável nos últimos anos. Dados mostram que os consumidores estão à procura de novas opções no setor de Bares e Restaurantes à base de alimentos que não são de origem animal.
Carolina Diniz, realizadora do projeto Cebola na manteiga, acredita que é fundamental os bares e restaurantes implementarem mais variedades que saem dos alimentos básicos, tendo em vista o mercado que está em crescente aumento. E ainda reforça: “eu acredito que os vegetais já estão nos cardápios, mas penso que a forma de abraçar mais esse público é trazendo opções totalmente vegetais, que fujam do óbvio.”
A substituição de proteína animal por opções vegetais, como soja, tofu ou ervilha, reflete um movimento alimentar cada vez mais expressivo. Em 2022, 67% dos brasileiros reduziram o consumo de carne, e 37% planejam reduzir nos próximos 12 meses, segundo a pesquisa "O Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-Based 2022", do The Good Food Institute Brasil.
Os ingredientes alternativos aos de origem animal, como grãos, cereais e leguminosas ricos em proteínas e vitaminas, podem ser preparados de forma prática. Os vegetais crucíferos, por exemplo, como couve-flor, brócolis e couve, que são fontes ricas em proteína e enxofre, destacam-se como bons substitutos às proteínas animais. A soja, de fácil acesso e distribuição, frequentemente aparece como substituto, sendo utilizada em diversas receitas, além de ser base para leites vegetais.
Como atender o público vegano e vegetariano:
1. Variedade no cardápio: é importante a criação de pratos que vão além das opções tradicionais, explorando ingredientes e técnicas culinárias inovadoras. Incorporar uma variedade de grãos, legumes, cogumelos e produtos à base de plantas permite que o estabelecimento ofereça opções saborosas e nutritivas, conquistando tanto aqueles que já seguem uma dieta vegana quanto aqueles que desejam explorar novos sabores.
2. Experiência gastronômica criativa: proporcionar uma boa experiência é fundamentalpara atrair novos clientes e fidelizar também, isso inclui a apresentação artística dos pratos, a combinação inusitada de sabores e texturas, bem como a exploração de técnicas culinárias contemporâneas. Além disso, a criação de menus sazonais e a colaboração com chefs especializados em culinária vegana podem agregar um toque exclusivo à oferta gastronômica do estabelecimento, atraindo não apenas os consumidores conscientes da dieta, mas também aqueles em busca de experiências culturais únicas.
3. Sustentabilidade e Transparência: a preocupação com a sustentabilidade e a transparência nos ingredientes utilizados pode ser um diferencial para atrair o público vegano e vegetariano. Os bares e restaurantes podem inovar buscando fornecedores locais e orgânicos, destacando em seus cardápios a origem dos ingredientes e práticas sustentáveis adotadas.
Inovar na oferta para o público vegano e vegetariano não apenas atende a uma demanda crescente, mas também demonstra a capacidade do estabelecimento de se adaptar às tendências contemporâneas, conquistando uma clientela mais diversificada e engajada com questões alimentares e ambientais.
*Conteúdo feito com informações do blog Food Connection