Ao uniformizar a publicação de cardápios e o recebimento de pedidos, o Open Delivery viabiliza novos serviços e traz mais produtividade para os bares e restaurantes
Até muito pouco tempo atrás, o mercado dos aplicativos de delivery não existia. Antes mesmo de surgirem os smartphones, no entanto, os bares e restaurantes já faziam entregas. Bastava ligar, fazer o pedido, receber a pizza em casa e pagar ao entregador.
Claro, hoje é tudo mais simples e eficiente para os clientes e muito mais complexo para todos os outros envolvidos na cadeia de pedidos: estabelecimentos, aplicativos e outros canais de venda, softwares de gestão ou de PDV, empresas de logística e de meios de pagamento, entre outros. Esta complexidade se reflete em ineficiência e perda de oportunidades no mercado.
Para tornar mais simples e eficiente a integração entre todos os elos da cadeia, o Open Delivery é uma iniciativa liderada pela Abrasel, em parceria com outras entidades e empresas, que estabelece um padrão para publicação de cardápios e recebimento de pedidos. O padrão, lançado em setembro, já está sendo adotado por muitas empresas.
Hoje são muitas as opções de canais para alguém solicitar uma refeição: além do velho e bom telefone, há gente fazendo pedidos por meio de aplicativos no celular (levantamento recente publicado pela empresa de pesquisas PiniOn apontou mais de 250 aplicativos. No entanto são cerca 40 os mais relevantes), sistemas de mensagens (WhatsApp, Telegram), redes sociais e sites de internet.
A variedade de opções é uma boa para o cliente, mas pode sobrecarregar os donos de bares e restaurantes cada canal digital exige, por exemplo, que o cardápio seja inscrito de um jeito. Além disso, na operação, também é uma trabalheira sem fim atualizar mudanças simples, como um item esgotado, em todos os canais.
Por isso, muitos estabelecimentos se limitam a aceitar poucos canais de venda, no geral não mais que três, para poder dar conta de atender de modo adequado. Do mesmo modo, a integração de canais aos softwares de gestão é rara, fazendo com que o restaurante tenha de digitar o pedido no sistema, tornando o processo demorado e sujeito a erros.
Padronizar o modo como os bares e restaurantes fazem a publicação de cardápios e recebimento de pedidos torna o processo mais ágil, com menos ineficiência.
Através dos serviços que o Open Delivery viabiliza, o estabelecimento ganha agilidade, reduz os erros e melhora sua produtividade. E, ao facilitar a conexão dos softwares com mais marketplaces, o Open Delivery também permite mais competitividade e induz uma acomodação de preços.
Trocando em miúdos: o slogan “um padrão, várias soluções” traduz a essência da iniciativa. Um padrão é a linguagem comum que permite que todos conversem, retirando os entraves que dificultam o dia a dia.
Antigamente o restaurante recebia todos pedidos em um único número de telefone a partir de cardápios distribuídos nos semáforos. Agora ele vai receber todos pedidos numa única API a partir de cardápios distribuídos na internet (as APIs são as aplicações usadas pelos softwares).
Com a adoção do Open Delivery pelo seu software de gestão, o bar e restaurante vai poder cadastrar seu cardápio uma única vez, com parâmetros que todos entendem, abrindo espaço para vender em mais canais e de modo mais eficiente.
E, com o Open Delivery, os canais de venda também ganham, pois mais restaurantes buscarão parceiros para apresentar seus produtos ao consumidor através de aplicativos, marketplaces e e-commerce. Isso gera mais satisfação para os consumidores, expandindo a atuação dos canais e aprofundando o relacionamento com os estabelecimentos.
“É uma solução que uniformiza as informações, poupa tempo e facilita a conexão dos estabelecimentos a plataformas, além de organizar a relação entre players de logística, tecnologia, pagamentos. Isso traz mais competição e, portanto, mais produtividade e eficiência para o delivery. Uma solução democrática e inclusiva”, explica Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
A ideia de estabelecer um padrão surgiu de uma conversa dos co-criadores: Carlos Netto, da Matera (empresa especializada em transações com PIX) e Celio Salles (empresário e conselheiro da Abrasel). Mais de 100 empresas e organizações da cadeia de pedidos de comida enxergaram as vantagens do Open Delivery e se envolveram, contribuindo para o desenho final da solução.
Como parceiros da Abrasel, a Afrac (Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços, que representa as empresas de software), a AB2O2 (Associação Brasileira Offline to Online) e a Matera. A Abrasel enxerga que muitas empresas estarão usando o Open Delivery em 2021 e haverá plena disseminação em 2022.
“A Abrasel tem a ousadia e a coragem de liderar um projeto disruptivo com potencial de melhorar de forma radical e gerar benefícios e aumentar a produtividade do delivery nos bares restaurantes. E todos ganham: empresas de software, aplicativos, entregadores, clientes”, diz Celio Salles, conselheiro da Abrasel e co-criador do Open Delivery.
Para saber mais sobre todos os passos da iniciativa, visite opendelivery.org.br.
Como aderir?
O Open Delivery já disponibilizou o padrão para publicação de cardápios e recebimento de pedidos às empresas de software: para você ter acesso, pergunte ao seu parceiro.
Ou seja, converse com o fornecedor do software de gestão do seu bar ou restaurante e questione se ele já aderiu ao Open Delivery. Não se esqueça de que os apps de entrega, as empresas de maquininha e de telefonia também podem ter soluções para você baseadas no padrão.