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Embora as novas opções ofereçam vantagens em termos de custos e relacionamento direto com os restaurantes, elas enfrentam a dificuldade de competir com a presença consolidada das plataformas tradicionais como iFood e Rappi

Segundo o AppJusto, ao utilizar seu aplicativo, os entregadores ganham mais e podem definir o valor do próprio trabalho, restaurantes pagam taxas menores e são mais valorizados, e consumidores participam de uma economia justa de verdade, pagando até 20% a menos nos pratos. Foto: AppJusto/Divulgação

Novos negócios de entrega de comida estão surgindo com propostas de cobrar taxas mais baixas dos restaurantes e oferecer descontos para os consumidores finais. No entanto, essas empresas enfrentam o desafio de conquistar clientes em um mercado dominado por plataformas estabelecidas como iFood e Rappi.

Um exemplo é o AppJusto, um aplicativo de delivery que cobra taxas de apenas 5% dos restaurantes em São Paulo, além de oferecer pagamentos justos aos entregadores. Outra abordagem é adotada pela Wabiz, que desenvolve sistemas de entrega e controle de pedidos para restaurantes, permitindo que eles tenham seus próprios aplicativos e ofereçam descontos e programas de fidelidade aos clientes.

Embora essas alternativas ofereçam vantagens em termos de custos e relacionamento direto com os restaurantes, elas enfrentam a dificuldade de competir com a presença consolidada das plataformas tradicionais. Os aplicativos próprios têm dificuldade em atrair clientes que já estão acostumados a fazer pedidos por meio das plataformas estabelecidas.

No entanto, alguns especialistas acreditam que esse cenário pode mudar no futuro, à medida que os consumidores buscarem opções mais econômicas e as plataformas alternativas ganharem maior visibilidade.

O iFood, por sua vez, argumenta que suas taxas são justificadas pelo tráfego de clientes que gera para os restaurantes. Segundo a empresa, seus investimentos em marketing e divulgação são fundamentais para atrair consumidores.

Enquanto isso, especialistas apontam que a concentração de mercado no iFood é uma anomalia no cenário brasileiro e que a competição é importante para garantir um ambiente saudável e sustentável para todas as partes envolvidas.

Embora as alternativas de entrega de comida enfrentem desafios para se estabelecerem no mercado, elas continuam buscando maneiras de superar essas dificuldades. A obtenção de investimentos e o financiamento coletivo têm permitido que essas empresas continuem operando e investindo em infraestrutura e suporte aos usuários.

No entanto, a confiabilidade e a capacidade dessas plataformas em acompanhar o desenvolvimento tecnológico e as demandas do mercado serão fatores importantes para determinar seu sucesso a longo prazo.

Open Delivery

Em 2021, foi desenvolvido o Open Delivery, uma iniciativa coordenada pela Abrasel, que chegou para organizar diversos processos entre restaurantes, sistemas de gestão, logística, marketplaces e outros canais de venda e sistemas que atuam no ambiente de delivery.

A plataforma vem para solucionar questões como a dificuldade de gerenciar cardápios em diversas plataformas; gerenciamento de pedidos em diferentes plataformas; falta de integração com a logística e recebimento da rastreabilidade do entregador; falta de integração do restaurante, software de gestão, marketplace, operadores logísticos e empresas de conciliação; dificuldade de conciliação financeira; complexidade na contratação de marketplaces e falta de clareza nas condições comerciais.

*Com informações de Estadão.

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